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★ ACADEMIA CATALANA DE LETRAS - Era uma vez, uma terra muito bonita, habitada pelos indígenas, quando o homem branco chegou.

Foto: (Reprodução) /Luís Estevam  




★ ★ ★   Catalão-GO, No ritmo da TRADIÇÃO... 

(Por Luís Estevam)

Chegou obstinado, feito tatu que cavuca o chão, na procura de ouro e pedras preciosas. 

Não reparou nas flores, nem nos matagais, não sentiu o ar puro e pouco se encantou com os rios de água limpa e  transparente. Cegado pelo dinheiro, enxergava somente o brilho do metal amarelo e da recompensa prometida.

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Nessa obstinação pela riqueza, eliminou quase todos os indígenas e foi trazendo mais e mais escravos para cá. 

Até que o ouro acabou... ponto final.

Esta é a história da formação de Goiás. Aconteceu no interior do território, na época em que os indígenas foram desalojados. 

Mas, não aconteceu em Catalão, onde tudo foi diferente. 
Aqui, o homem branco também chegou cavucando o chão. Não em busca de ouro, mas no plantio de alimentos e no cultivo de sementes da liberdade. 

Desde cedo, o colono pioneiro, vindo das Minas Gerais, esteve afeiçoado à terra, enxergou a bela paisagem e aqui se instalou.  Não chegou como aventureiro, mas como trabalhador e pai de família. 

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Essa foi a vida dos pioneiros nas famílias 
  • Lourenço, 
  • Silveira, 
  • Mariano, 
  • Estrela, 
  • Ferreira, 
  • Rosa, 
  • Leão, 
  • Rezende, 
  • Pires, 
  • Albino, 
  • Lalau, 
  • Fonseca, 
  • Paiva, 
  • Silvestre 
  • e tantas outras. 

Depois que se formou o Arraial do Catalão, aqui se instalaram também os Paranhos, Ayres, Campos, Costa, Netto, Andrade, Cunha, Carneiro e Salviano.

Interessante que, desde o começo, Catalão foi uma terra religiosa. Os aventureiros de antigamente  levantaram uma Cruz, mas os colonos pioneiros trouxeram a devoção em N.S. da Abadia e N.S. Mãe de Deus. 

Porém, o povo se encantou mesmo foi com N.S. do Rosário e São Benedito. A devoção cresceu tanto, de geração em geração, que a Virgem do Rosário acabou se tornando a padroeira do lugar.

Bem mais tarde, quando Catalão já tinha quase dois séculos de existência, aqui chegaram os imigrantes estrangeiros. 

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Um povo vindo de longe, que encontrou em Catalão o lugar ideal para morar e criar família. Ficaram por aqui os 
  • Fayad, 
  • Sebba, 
  • Abrão,   
  • Hummel, 
  • Democh, 
  • Pascoal, 
  • Margon, 
  • Elias, 
  • Safatle, 
  • Pedro, 
  • Cortopassi, 
  • Tozzi, 
  • Nicoletti, 
  • Primo, 
  • Salomão 
  • e tantas e tantas outras famílias de estrangeiros. 

Assim, os pioneiros e os imigrantes se ocuparam em cuidar de suas famílias e do lugar. Foram os artífices de Catalão. 

Abraçaram a tradição religiosa da comunidade, acompanhando o forte eco dos tambores na Festa do Rosário. 


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Catalão passou a seguir a marcação dos capitães de terno, como 
  • João Coelho, 
  • Leocridio, 
  • Gabriel, 
  • José Hilário, 
  • João do Nego, 
  • Antônio Adão, 
  • Geraldo Prego, 
  • João Marçal, 
  • Zé do Gordo, 
  • Eutálio, 
  • Edson Arruda, 
  • Pedro Alcino, 
  • Chico Dias, 
  • Seu Gustavo e Emerenciana, 
  • Geraldo Dias, 
  • Antônio Serafim, 
  • João Batista de Souza, 
  • Eurípides Antônio Rita, 
  • Didi, 
  • Sapo, 
  • Toinzinho, 
  • Reginaldo Reis, 
  • Pavão, 
  • Alvim, 
  • Marcos Antônio de Jesus, 
  • Roberto Ribeiro, 
  • Careca, 
  • Antônio Biano, 
  • José Mário Ribeiro, 
  • Domingos Batista 
  • e tantos outros que fica difícil de lembrar.

Hoje estamos todos, pioneiros e imigrantes, sob o manto protetor da Senhora do Rosário, padroeira oficial de Catalão. (Luís Estevam)


Fonte: Luís Estevam

 

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