Com toque de recolher das 23h às 6h, a decisão prevê que a medida dure até abril de 2021...
A Espanha declarou neste domingo (25) um segundo estado de emergência por uma nova onda de infecções pelo coronavírus. A decisão, anunciada pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, valerá pelos próximos seis meses.
Entre as medidas estabelecidas por Sánchez estão o confinamento noturno em todo o país (exceto nas Ilhas Canárias), entre 23h e 6h, e a permissão para que as regiões apliquem outras restrições de movimento, como proibição de reuniões com mais de 6 pessoas e fechamento do comércio.
Na última quarta-feira (21), a Espanha foi o primeiro país da União Europeia e o sexto do mundo a ultrapassar a marca de um milhão de casos de Covid-19.
Com mais jovens infectados, esta segunda onda da pandemia está sendo menos letal na Espanha do que a primeira, que atingiu seu clímax entre o final de março e o início de abril, com cerca de 800 mortes por dia. No entanto, especialistas de saúde alertam que alguns hospitais podem entrar em colapso novamente.
"Semanas muito duras virão"
"Semanas muito duras virão, o inverno (europeu) está chegando, a segunda onda não é mais uma ameaça, é uma realidade em toda a Europa",
advertiu o ministro da Saúde, Salvador Illa, afirmando que o governo está
"aberto a todas as abordagens possíveis"
contra o vírus.
O ministro da Saúde vai se reunir na quinta-feira com representantes das regiões autônomas, que têm responsabilidades na área da saúde pública, para atualizar o plano anti-covid.
A Espanha foi um dos países mais atingidos pela primeira onda da pandemia, até aplicar um dos mais rígidos confinamentos da Europa entre março e junho e controlar as infecções.
Os casos voltaram a se multiplicar a partir de julho, com as autoridades tentando salvar a temporada de turismo, um dos motores da economia espanhola, o rápido retorno à vida social e noturna, e problemas no sistema de rastreamento de infectados, de acordo com os especialistas.
Desentendimentos entre as administrações central e regional, e entre os partidos políticos, sobre o escopo das medidas a serem aplicadas em face da recuperação também prejudicaram a resposta, disseram os especialistas.
Fonte: G1
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