Foto: Reprodução /folhaZ
Governador Ronaldo Caiado conversa com Vilmar Rocha (PSD) e Maguito Vilela (MDB), sobre a aliança em Goiânia...
A definição da aliança entre o DEM e o PSD ou MDB, para a eleição em Goiânia, que parecia estar em estado avançado com possibilidade até de concluída nos primeiros dias da próxima semana, parece ter dado uma travada nesses últimos dias, o que deve levar o desfecho para mais perto das convenções, que se encerrará no dia 16 deste mês. E essa freada aconteceu principalmente por resistências que começaram a surgir entre emedebistas e democratas.
Secretário do Diretório Estadual do MDB, Antônio Só, que conhece profundamente as lideranças do partido no interior, previu para o blog na segunda-feira (31/8), as dificuldades para a consolidação de aliança entre os dois partidos. Ele próprio, Antônio Só, disse ser totalmente contra a união as agremiações. E segundo ele, existem vários líderes da sigla no interior – prefeitos e dirigentes municipais – que também pensam da mesma forma.
E do lado do PSD a entrada em cena do ex-deputado Vilmar Rocha, presidente estadual da sigla, que assumiu a incumbência de conduzir as conversas com o governador Ronaldo Caiado, fez haver fortes sinais de avanço na articulação com o democrata na busca do pacto DEM – PSD. O diálogo entre Vilmar e Caiado flui com mais facilidade, porque eles conhecem bem um ao outro. Já foram do mesmo partido durante décadas – o antigo PFL, que passou a se chamar Democratas. Aliás, Ronaldo Caiado se filiou no PFL na década de 80, levado pelo então presidente estadual do partido, Vilmar Rocha.
Embora não se tenha ainda 100% definido, a possibilidade de consolidação da aliança DEM – PSD cresceu de quinta-feira (3) à noite para cá. Do lado do MDB há um esforço grande por parte de Maguito Vilela e do prefeito Iris Rezende, para fechar o acordo com o governador. Mas ainda não há sinais de que o martelo será batido antes do próximo fim de semana.
Seja com o PSD ou com o MDB, o DEM espera reciprocidade de apoio à candidatura à reeleição do governador Ronaldo Caiado, em 2022. Mesmo que esse compromisso não seja confirmado publicamente agora, ele fará do acordo e não apenas para a eleição de prefeito em Goiânia.
No MDB, o governador vem conversando sobre a aliança é com o ex-prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, provável candidato da sigla à sucessão do prefeito Iris Rezende, que também tem sido consultado, em que pese ele já ter anunciado a decisão de encerrar a carreira política.
Havia a expectativa de um encontro entre Vilmar e Caiado, para ocorrer neste final de semana, para aprofundar as conversas sobre a aliança.
Na hipótese de o apoio do governador ser para a candidatura de Vanderlan Cardoso, e ser bem sucedida, o democrata estará sem a concorrência do principal nome fora da sua base para competir com ele na disputa pelo governo em 2022 – Caiado será candidato à reeleição. E o MDB ganhará mais um senador, com a efetivação do primeiro suplente, Pedro Chaves, a partir da posse do novo prefeito em janeiro de 2021.
Embora não haja ainda sinalização do DEM sobre qual dos partidos receberá o seu apoio (MDB ou PSD), podem ser alinhavados os pontos que certamente serão levados em conta na definição do DEM por um deles.
Estruturas
O MDB possui a maior estrutura partidária com diretórios e comissões provisórias nos 246 municípios do Estado. O partido tem um senador – Luís do Carmo -, três deputados estaduais, nenhum deputado federal, 45 prefeitos e algumas centenas de vereadores. Tem também número expressivo de filiados e de militantes.
Novo PSD
Recriado em março de 2011, o PSD possui diretórios e comissões provisórias em mais de 150 municípios. Tem um senador, um deputado federal, dois deputados estaduais, 15 prefeitos, 23 vice-prefeitos e quase duas centenas de vereadores. Em Goiás o partido tem como presidente o ex-deputado Vilmar Rocha, fundador da sigla no Estado. Embora sem mandato atualmente, Vilmar é considerado um dos políticos de maior credibilidade pessoal em Goiás. Foi por muitos anos professor na Faculdade de Direito da UFG e UCG, atual PUC-GO.
Fator confiança
Outro fator que tem grande peso em qualquer composição entre partidos políticos é a confiabilidade das partes envolvidas. Como os acordos políticos não são feitos por escrito e assinados pelas partes, como se dá nos contratos, as pessoas que estão assumindo compromisso precisam gozar de credibilidade para que depois de firmado o acordo, nenhuma das partes vá para a casa com a
“pulga atrás das orelhas”
e começar a perder o sono, com o receio de a outra parte não honrar o pactuado.
Fonte: NotíciaPura
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