Foto: Reprodução /Vanessa Chaves/G1 Universidade Federal de Goiás, no Setor Leste Universitário, em Goiânia
Corte representa o gasto anual com energia elétrica, por exemplo. Pró-reitor de finanças diz que não vê perspectiva em ajustes que garanta a normalidade das atividades em 2021...
Cortes no orçamento das universidades federais previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), apresentado ao Congresso pelo governo federal, podem impactar as contas do dia a dia de três instituições goianas, caso seja aprovado pelos parlamentares com a redução linear de 18,2%. Para o orçamento anual da Universidade Federal de Goiás (UFG), o corte representa R$ 16,5 milhões dos R$ 90 milhões recebidos de recurso federal, conforme perspectivas apresentadas ao G1 pelo pró-reitor de Administração e Finanças, Robson Maia Geraldine.
Os dados apresentados nesta quarta-feira (12) em uma videoconferência da Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostram que o corte no orçamento da Universidade Federal de Jataí (UFJ) seria de R$ 2,7 milhões. A Universidade Federal de Catalão (UFCAT), por sua vez, teria impacto de R$ 2,4 milhões.
Segundo Robson Geraldine, o corte pode acarretar a paralisação de atividades da UFG, já que
Os dados apresentados nesta quarta-feira (12) em uma videoconferência da Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostram que o corte no orçamento da Universidade Federal de Jataí (UFJ) seria de R$ 2,7 milhões. A Universidade Federal de Catalão (UFCAT), por sua vez, teria impacto de R$ 2,4 milhões.
Segundo Robson Geraldine, o corte pode acarretar a paralisação de atividades da UFG, já que
"não há perspectiva que qualquer ajuste nas contas garanta a normalidade em 2021".Assim, as contas não fecham, e a
"UFG pode parar".
"Esse orçamento movimenta o dia a dia da UFG. A gente pode ir tirando de outros lugares para não tirar de um lugar só, mas vai acarretar em falta recursos durante o ano que vem. O corte está além do que a universidade consegue fazer para se organizar", avalia Geraldine.
Para o reitor da UFG, Edward Madureira, a pandemia do coronavírus afeta a rotina da instituição e, por consequência, seus gastos, que foram, em parte, realocados para outras áreas, como a assistência estudantil.
Como exemplo, o pró-reitor explicou que a universidade gasta aproximadamente R$ 15 milhões por ano com energia elétrica.
"A volta presencial das aulas não será em condição de normalidade. Não poderemos numa sala de 40 alunos, colocar todos de uma vez, quando as aulas voltarem. O próximo sistema de ensino deverá ser híbrido e isso impactará toda a estrutura da universidade. Vamos ter que readequar espaços e gastar mais com assistência estudantil", destaca Madureira.
Como exemplo, o pró-reitor explicou que a universidade gasta aproximadamente R$ 15 milhões por ano com energia elétrica.
"É como se a gente tivesse que escolher não pagar essa conta durante todo o ano que vem", esclarece.As dívidas da universidade giram em torno de R$ 12 milhões. A previsão da reitoria é fechar este ano com redução no montante para R$ 8 milhões, o que pode não se concretizar, já que uma fonte de captação de recursos próprios, as realizações de concursos públicos para prefeituras, foi enfraquecida.
"As prefeituras não fizeram concurso neste ano, o que prejudica o orçamento que a gente tem para pagar as contas da universidade, como água, luz, segurança, limpeza, manutenção", explica Geraldine.
Pesquisas prejudicadas
O pró-reitor ainda argumenta que o corte pode afetar também as pesquisas desenvolvidas pela universidade, que atualmente contribui no combate ao coronavírus.
O pró-reitor ainda argumenta que o corte pode afetar também as pesquisas desenvolvidas pela universidade, que atualmente contribui no combate ao coronavírus.
"A UFG tem laboratórios de pesquisa importantes e precisa de apoio. O universo científico não pode parar", ressalta Geraldine.O impacto nesta área se dará, de sobremaneira, na manutenção ou aquisição de equipamentos.
"Não vamos conseguir dar continuidade, de forma completa, nas pesquisas em medicamentos e tecnologias, que demandam equipamentos específicos. A gente esperava um aporte para essas ações e não um corte", conclui o pró-reitor.
Fonte: G1 Goiás
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