Jogadores do Flamengo festejam com Jesus o título — Foto: André Durão
Na festa do título, naturalmente gelada porque não tinha flamenguista a gritar na arquibancada, O TÉCNICO parecia alheio, distante como o além-mar de seu país...
Faltou o glamour das conquistas do ano passado, claro que faltou.
Primeiro, não havia gente na arquibancada.
Segundo, a diferença técnica entre um finalista e outro era um oceano, o que fazia previsível a conquista da noite.
Com quinze minutos de jogo, ficou claro que o Fluminense tinha batido no teto e nada mais tinha a oferecer para vencer e levar aos pênalti a decisão do campeonato carioca.
Foi zero chance ao longo da partida inteira, a bola sempre esteve com o Flamengo, que não jogou bem nem mal. Não foi glamouroso também porque há a clara sensação de que o protagonista do conceito de futebol do Flamengo parece estar indo embora.
O sempre agitado treinador não tinha reação nenhuma o tempo inteiro em que a bola rolou.
Ao termino e com a conquista do campeonato, Jorge Jesus foi jogado para cima pelos jogadores, teve o nome gritado pelos seus comandados que lhe têm evidente afeto. Houve um longo abraço com sussurros em Gabigol, que ouviu algo, disse algo ininteligível e o abraço se desfez.
O Flamengo, mesmo que perca Jorge Jesus, não fica fora do primeiro time de favoritos nos campeonatos que disputar.
Com o treinador, é o principal candidato em qualquer torneio.
Sem ele, será preciso ver como o novo comandante se adapta a um grupo tão vitorioso e tão acostumado às ordens e ao estilo de quem parece estar indo embora.
Com dinheiro suficiente, o Flamengo não vai contratar qualquer um no mercado, caso perca o ídolo estrangeiro. A questão é como seria esta inserção.
Se Jorge Jesus ficar, é preciso que ele fique de fato. Não se fale mais em saída do treinador até dezembro pelo menos.
Será possível?
Fonte: Globo Esporte
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