Pesquisa de Juliana Estradioto sobre aproveitamento da casca de noz macadâmia ganhou premiação máxima em feira internacional.
Juliana é de Osório (RS), cidade com cerca de 40 mil habitantes e ganhou primeiro lugar em uma das maiores feira de ciências para pré-universitários do mundo.
Com pesquisa sobre a casca da noz de macadâmia, Juliana Estradioto, estudante brasileira de 18 anos, conquistou o 1º lugar em uma das maiores feiras de ciências para pré-universitários e terá asteroide com seu nome. Ela conquistou a posição máxima na categoria “Ciência dos Materiais” na premiação Intel International Science and Engineering Fair (Isef), considerada uma das maiores feiras de ciências para pré-universitários do mundo. O resultado foi anunciado no dia 17 de maio, durante evento da organização em Phoenix, nos Estados Unidos, que reuniu mais de 1,8 mil estudantes do ensino médio de 80 países. Como conquistou o 1º lugar da categoria, Estradioto também poderá batizar um asteroide com seu nome ― algo comum a estudantes que ficam com os primeiros e segundos lugares em categorias da premiação. Foi com a pesquisa sobre o aproveitamento da casca de noz macadâmia para curativos de ferimentos da pele ou para criar embalagens a jovem levou o prêmio. A ideia é substituir o uso do plástico nesses materiais. Em entrevista ao Ministério da Educação na última quinta-feira (23), ela contou que criou uma farinha biodegradável a partir da casca da noz de macadâmia que, em contato com microorganismos, se transforma em uma membrana. O material substitui os sintéticos, como sacolas plásticas, por exemplo. Segundo a cientista, a ideia é criar um produto sustentável, com custo baixo, produzido a partir de resíduos com destinação ao lixo.
“A membrana da macadâmia possui características, como flexibilidade e resistência, que permitem a utilização em curativos para pele queimada ou machucado. Outro uso possível é na elaboração de embalagens para o recolhimento de fezes de cachorro, em substituição ao plástico”, contou. Os próximos passos de sua pesquisa são estudar o material para não ser utilizado apenas como curativo de cicatrizes na derme ― primeira camada da pele ―, mas também em cicatrizes pós-cirúrgicas, que são mais profundas. “Já vi que pode ser usado em queimaduras e auxilia no processo de regeneração da pele”, pontuou. Natural de Osório (RS) com cerca de 40 mil habitantes, Estradioto é recém-formada no curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Ela já ganhou mais de 40 prêmios científicos nacionais e internacionais e participou de outras feiras de ciência nos Estados Unidos. Após a premiação de 2019, ela está credenciada para ir à cerimônia do Prêmio Nobel, na Suécia. Outra meta de Estradioto é cursar Química em uma universidade norte-americana.
Fonte: Huff Post Brasil
Fonte: Huff Post Brasil
Postar um comentário